quarta-feira, 1 de junho de 2011


As Células-Tronco 
e o seu Potencial na 
Reparação de  

Órgãos e Tecidos

O presente artigo é parte do Manual de Instrução Programada: Princí-
pios de Hematologia e Hemoterapia - Segunda Edição 2005, destinado aos estudantes e profissionais da área biomédica não especialistas nesse 
campo de alta complexidade. 
Publicado originalmente no Centro de Estudos Alfa Rio - Perfusion Line - Educação Continuada em Biomedicina e Biotecnologia.  
Para conferir o seu aproveitamento  na  leitura  do  tema  "AS  CÉLULASTRONCO E O SEU POTENCIAL NA REPARAÇÃO DE ÓRGÃOS E TECIDOS"   Maria Helena L. Souza & Decio O. Elias


"A elaboração das grandes manchetes que descrevem as futuras terapias destinadas a salvar vidas sempre tem início nos laboratórios  de pesquisas biomédicas. Nos dias atuais, 
uma surpreendente soma de recursos materiais e humanos é destinada ao estudo das células-tronco e do seu potencial na regeneração de tecidos ou de órgãos irremediavelmente 
lesados por doenças ou congenitamente malformados. 
É surpreendente que apenas recentemente, mais precisamente na transição para o terceiro milênio, a ciência tenha despertado para a extraordinária importância das célulastronco para a espécie humana. O potencial das células-tronco no tratamento de doenças 
incuráveis pelos métodos atualmente disponíveis na medicina e na cirurgia, apenas come-
ça a ser conhecido. O mundo científico se volta para os resultados das pesquisas, na esperança de encontrar soluções para os problemas mais intrincados que determinadas moléstias representam. "(p.02)


"A CÉLULA-TRONCO TOTIPOTENTE 
Uma criança é formada à partir da união de uma célula reprodutora da mãe (o óvulo) e 
uma célula reprodutora do pai (o espermatozóide). Quando o espermatozóide se une ao 
óvulo forma-se a célula inicial de um novo ser. Esta célula se divide muitas vezes, originando outras células que, por fim, formam o embrião, cujo desenvolvimento dará origem "(p.02) 


"O estudo da reprodução celular em culturas de laboratório, permitiu diversas descobertas, como por exemplo o conhecimento do comportamento de tecidos normais ou malignos, a possibilidade de aperfeiçoamento genético de vegetais e o desenvolvimento de vá-
rias formas de tratamento dirigidas à infertilidade". (p.03)


"Podemos entender melhor o conceito de células-tronco, ao considerar que todos nós já 
fomos uma célula única, resultante da fusão de um espermatozoide e de um óvulo. Esta 
primeira célula já tem no seu núcleo o DNA (ou ADN - ácido desoxiribonucleico) com 
toda a informação genética para gerar um novo ser. Logo após a fusão do espermatozoide 
e do óvulo, a célula resultante começa a se dividir: uma célula em duas, duas em quatro, 
quatro em oito e assim por diante. Pelo menos até a fase de oito células, cada uma delas é 
capaz de se desenvolver em um ser humano completo. Estas células são chamadas de totipotentes. São células-tronco totipotentes ou embrionárias, significando que cada uma 
delas tem a capacidade de se diferenciar em qualquer um dos 216 tecidos (inclusive a placenta e os anexos embrionários) que formam o organismo humano."(p.04)


"Em primeiro lugar vamos recordar que a preferência pelo uso das células-tronco embrionárias deve-se ao fato de que um indivíduo adulto não possui células-tronco totipotentes ou pluripotentes. Embora o organismo adulto possa, na verdade, conter algumas células multipotentes, estas células já sofreram algum dano ao seu DNA devido ao processo 
natural de envelhecimento, que é cumulativo, ao longo dos anos. Essa degeneração do 
DNA leva à formação de vários tipos de câncer no organismo adulto e, além disso, a duração da vida dessas células é menor do que as células-tronco embrionárias. 
Já foi demonstrado experimentalmente que as células-tronco podem se transformar em 
neurônios. Diversos pesquisadores encontraram uma forma de implantar células-tronco 
de embriões no cérebro e na coluna de ratos e, desse modo, as células-tronco implantadas 
desenvolveram novas células nervosas. Esses resultados fazem com que a possibilidade de "(p.10)





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