sexta-feira, 3 de junho de 2011

divulgação do meu vídeo

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quinta-feira, 2 de junho de 2011

molécula

SILVA, Terezinha Rodrigues et al. Controle de diabetes Mellitus e hipertensão arterial com grupos de intervenção educacional e terapêutica em seguimento ambulatorial de uma Unidade Básica de Saúde. Saude soc. [online]. 2006, vol.15, n.3, pp. 180-189. ISSN 0104-1290.



"As doenças crônicas não transmissíveis, segundo a
Organização Mundial de Saúde (OMS), são atualment e   a   p r i n c i  p a l   c au s a   d e  mo r t a l i d  a d e   n o  mu n d  o
(Manton, 1998). No Brasil (Chor e col., 1995) as doen-
ças do aparelho circulatório constituem hoje a principal causa de morte. Segundo o Programa de Aprimoramento das Informações de Mortalidade no Município de São Paulo (Proaim), em 2001, ocorreram
20.945 mortes por essas causas, correspondendo a
32,3% de todos os óbitos do município (SMS-PMSP,
2003 a). As doenças do aparelho circulatório são a
principal causa de morte em quase todas as regiões
da cidade (SMS-PMSP, 2004). Na Sub-prefeitura da
Lapa, onde a Unidade Básica de Saúde (UBS) Vila Romana está localizada, as principais causas de óbito
são: doença isquêmica do coração, doença cerebrovascular, pneumonia, Doença Pulmonar Obstrutiva Crô-
nica (DPOC) e diabetes (SMS-PMSP, 2003 b).
A hipertensão arterial, além de ser um dos principais problemas de saúde no Brasil, eleva o custo mé-
dico-social, principalmente pela complicações que
causa, como as doenças cerebrovasculares, arterial
coronariana, vascular de extremidades, insuficiência
cardíaca e insuficiência renal crônica (Mion e col.,
2002 a).
No Brasil, os estudos de prevalência de hipertensão arterial são poucos e não-representativos, mas
mostram alta prevalência, variando de 22% a 44%
(Freitas e col., 2001).
Um estudo feito em São Paulo em 1990 mostrou
prevalência de 22% (Rego e col., 1990) , enquanto outro realizado em 1997 na cidade de Cotia (Grande São
Paulo), 44 % (Martins e col., 1997).
A hipertensão apresenta grande morbidade, com
altos custos envolvidos no seu tratamento (Flack e col.,
2002). Espera-se que com o controle adequado da pressão haja redução dos índices de mortalidade e morbidade e dos custos correlacionados a essa doença
(Neal e col. 2000).
A diabetes é outro importante e crescente problema de saúde pública. Sua incidência e prevalência
estão aumentando no mundo todo, alcançando propor-
ções epidêmicas."(p.81)


"Diversas publicações têm reportado em diferentes
países, a importância de programas educativos para
promover maior adesão ao tratamento, resultando em
melhor controle da hipertensão arterial e/ou diabetes
(Ambrosio e col., 1988; Gruesser e col., 1996; Gonzáles
e col., 1997).
Em nosso meio, poucas publicações relatam esse
tipo de estudo e, quando o fazem, incluem grupos pequenos de pacientes, com acompanhamento de curto
prazo, embora apontem resultados favoráveis (Santos
e Baracho, 1995; Maia e Araújo, 2002).
Além disso, os estudos referem-se a intervenções
que se limitam a um elenco de conferências, sobre
informações a respeito da doença, suas complicações
e os cuidados que elas demandam. Não há trabalhos
mostrando intervenções na educação do autocontrole
da doença nem sobre seguimento regular, vinculado
a consultas médicas e à garantia do fornecimento da
medicação. É possível que somente em serviços de
saúde em que o agendamento de consultas possa ser
determinado pelo agente da intervenção, seja possí-
vel realizar esse tipo de trabalho, em função da dificuldade em se manter um grupo de pacientes em
acompanhamento por meses, quando a procura por
consultas seja determinada pelos pacientes.
O nosso programa operou além da intervenção de
orientação sobre a doença, suas complicações e os
cuidados que devem ser tomados, um seguimento regular, associado à garantia do fornecimento de medicamentos, controles das doenças (hipertensão e diabetes) e atendimento preferencial em intercorrências.
Os resultados obtidos demonstraram melhora absoluta e relativa nos níveis de pressão arterial e glicê-
mico. Não houve um controle absoluto sobre todos os
determinantes de baixa adesão, como conhecimento
da doença, uso regular da medicação, controle perió-
dico da pressão e/ou diabetes, convocação de faltosos,
homogeneização dos grupos, etc., no entanto, a eficá-
cia das intervenções ficou comprovada"(p.86)


"A intervenção no tratamento e no acompanhamento
de pacientes hipertensos e diabéticos, através da formação de grupos para ação educativa, seguimento
regular, garantia de fornecimento de medicação e
atendimento de intercorrências, por equipe multidisciplinar, num período de 30 meses, mostrou-se notavelmente útil no controle destas doenças crônicas.
Esse tipo de intervenção pode ser mantida e ampliada no atendimento dos serviços públicos de saúde.
Para maior eficácia, deve ser institucionalizada, independentemente de mudanças político-administrativas, por meio da incorporação de mais profissionais
de saúde e maior participação da comunidade."(p.87)

Fichamentos

FRAGOSO, Luciana Vládia Carvalhêdo et al. Vivências cotidianas de adolescentes com diabetes mellitus tipo 1. Texto contexto - enferm. [online]. 2010, vol.19, n.3, pp. 443-451. ISSN 0104-0707.


"A International Diabetes Federation (IDF) 
revela que a cada ano mais de 70 mil crianças e 
adolescentes desenvolvem Diabetes Mellitus do 
tipo 1 (DM 1). Diante deste quadro, a assistência 
ao adolescente com Diabetes Mellitus (DM) e suas 
famílias deve visar o viver mais saudável, indo 
além do conhecimento sobre as alterações físicas e 
psíquicas, mas é necessário também compreender 
as experiências construídas por essas pessoas no 
processo de viver com a doença.
1
Dessa maneira, os profissionais encarregados 
de promover a saúde dos adolescentes devem 
fazer uso da visão positiva que os adolescentes 
possuem de si, tendo como meta subsidiá-los na 
aceitação de seus potenciais e limites e na capacidade de ousar a vida.
2-3
 Para tanto, é preciso ser 
conhecido suas histórias e experiências, o significado que atribui à saúde e à doença e sua correlação 
com os modos de vida.
1
A descoberta do DM 1 em um adolescente 
requer além da incorporação de novos hábitos 
como o uso da insulina, realização de glicemia e 
a incorporação da atividade física diária, mas em 
especial perpassa pela aceitação da condição de 
portador de DM 1 que por vezes é percebida como 
uma doença que impõe limitações além das físicas, 
pois coloca a pessoa numa condição crônica pelo 
resto de sua vida.
4
Então, estar aberto a compreender o viver 
do adolescente com diabetes é ponto fundamental para que se preste uma assistência eficaz e se 
propicie uma melhor qualidade de vida para o 
mesmo, minimizando os sentimentos negativos. 
Contudo, no âmbito hospitalar de muitas instituições públicas que atendem adolescentes diabéticos, percebemos que parte dos profissionais 
ainda permanecem voltados para o controle glicêmico, em detrimento dos aspectos existenciais, 
dicotomizando seu corpo entre ser diabético e ter 
diabetes, numa clara demonstração que o cuidado 
ainda é mais voltado para doença do que para o 
ser que a possue. 
Todavia, muitos profissionais de saúde 
tentam compreender o que os adolescentes com 
DM 1 buscam para o seu tratamento e cuidado, 
através de ações mais humanizadas, centradas no 
respeito e na troca de saberes, numa relação mais 
horizontal. Tal aspecto ganha destaque inclusive 
em pesquisas. Dentre as encontradas três são destacáveis pelos seus achados."(p.444)


"Trata-se de um estudo descritivo de cunho 
qualitativo. A pesquisa foi desenvolvida no ambulatório de um hospital universitário de referência 
em atendimento aos portadores de diabetes, localizado na cidade de Fortaleza-CE. Na instituição, os 
adolescentes com DM recém-diagnosticados têm 
consultas mais freqüentes no serviço, com a melhora da saúde o acompanhamento normalmente 
acontece a cada três meses. A equipe de saúde era 
composta por endocrinologistas, um enfermeiro 
gerente e dois assistenciais, nutricionistas e técnicos de enfermagem. 
Participaram do estudo 14 adolescentes 
com DM 1, com pelo menos um ano de tratamento, de ambos os sexos, procedentes do interior ou 
capital, na faixa etária de 12 a 18 anos. A opção 
por adolescente em tratamento para diabetes 
há pelo menos um ano ocorreu para auxiliar 
na obtenção de dados mais consistentes, pois 
haveria um tempo de experiência maior com a 
doença e um cenário com riqueza de informa-
ções, ambos requisitos importantes no delineamento qualitativo de pesquisa.
7  
A faixa etária 
foi delimitada com base no Estatuto da Criança 
e do Adolescente.
8  
O estudo foi realizado no período de junho 
à outubro de 2008, após autorização do Comitê de 
Ética em Pesquisa da instituição. Foram realizadas 
entrevistas semi-estruturadas com três perguntas 
norteadoras como forma de pré-teste com três jovens. Diante das limitações percebidas nessa fase 
novas questões foram acrescidas a fim de se obter 
mais dados acerca da experiência do adolescente 
em ter uma doença crônica como o DM 1.
P a r a   c o l e t a r   o s   d a d o s   s e   a g u a r d a v a   o 
comparecimento do adolescente na sala de procedimentos para coleta de exames laboratoriais, 
quando era explicado o objetivo da pesquisa ao 
mesmo e ao seu responsável e solicitado a assinatura do responsável ou do adolescente, caso 
tivesse idade ≥ 18 anos, do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). As entrevistas 
foram gravadas em aparelho MP 4, antes ou após 
o adolescente ter realizado sua consulta, salas 
privativas, para não prejudicar o fluxo do serviço 
e garantir o sigilo, a privacidade e a qualidade 
da gravação."(p.445)


"Será que conhecer a realidade cotidiana do 
adolescente com DM 1 contribui com o melhor manejo do seu tratamento? Sim, conhecer a realidade 
vivida pelos adolescentes com DM 1 e compreender suas experiências cotidianas nos permitiu identificar alguns aspectos que contribuirão de maneira 
positiva ou negativa para o manejo do tratamento 
do DM. Através dos discursos dos adolescentes 
percebemos suas dificuldades ou facilidades para 
lidar com uma doença crônica diariamente.
Os discursos revelaram que para nos apropriarmos de um cuidado com qualidade é preciso 
ouvir os adolescentes, para assim podermos construir uma assistência que valorize seus sentimentos, atitudes, relações sociais, culminando assim 
em adolescentes competentes para o autocuidado, 
e que por isso terão poucas complicações em decorrência do DM, por receberem assistência profissional e familiar integral com vistas à promoção 
de sua saúde. Mas, para isso, é necessária uma 
remodelagem na forma de assistir ao adolescente 
com DM 1, priorizando suas necessidades e planejando juntamente com eles e seus familiares ações a "(p.449)

Fichamentos

GRILLO, Laura Brunelli das Neves et al. Mutações no gene da metilenotetrahidrofolato redutase e síndrome de Down. Cad. Saúde Pública [online]. 2002, vol.18, n.6, pp. 1795-1797. ISSN 0102-311X.


"A metilenotetrahidrofolato redutase (MTHFR)
atua na regulação das reações de metilação celulares, catalisando a conversão do 5,10 metilenetetrahidrofolato para 5-metiltetrahidrofolato, onde o radical metil é doado para a remetilação da homocisteína para metionina. Esta
reação é importante para a síntese de 5-adenosilmetionina (SAM), o mais importante doador
de metil para o DNA, proteínas de construção
e reações de metilação de lipídios. Da atividade reduzida da MTHFR, resulta um aumento
da necessidade de consumo do ácido fólico, para manter normais as remetilações de homocisteína para metionina. Na ausência de ácido
fólico suficiente, a homocisteína intracelular se
acumula e a ressíntese de metionina é reduzida, comprometendo as principais reações de
metilação (Frosst et al., 1995). Diversas doen-
ças, principalmente neurológicas, cardíacas e
vasculares, com presença de homocistinúria
e/ou homocistinemia, têm sido relacionadas à
deficiência de enzimas que atuam na metila-
ção, principalmente a MTHFR (van der Put et
al., 1995). 
James et al. (1999) investigaram a deficiência da MTHFR em mães de portadores de síndrome de Down (SD) e encontraram um acú-
mulo de mães portadoras da deficiência. Há
evidências de que a falha na disjunção do cromossomo 21 na meiose I materna possa ocorrer em virtude de fenômenos de hipometilação,
que poderiam ser oriundos do metabolismo
anormal do folato, decorrente das mutações
677 (C→T) e 1298 (A→C) do gene da MTHFR,
localizado no cromossomo 1.
O objetivo deste estudo foi o de avaliar a
presença dessas mutações em mães que tiveram filhos com SD, verificando se há uma concentração significativa de genitoras com essas
mutações. "(p.1796)


"A amostra estudada é constituída de 36 mães
de portadores da SD (78% caucasóides e 22%
negróides). A idade das mães variou de 16 a 42,
com uma média de 28,47 e desvio padrão de
5,83. Todas as crianças tinham diagnóstico de
trisomia livre por cariótipo. Foram analisados
aleatoriamente 200 indivíduos adultos da população geral para controle (77% caucasóides e
23% negróides). A extração de DNA foi procedida conforme o método descrito por Woodhead et al. (1986), com algumas modificações.
O método de análise foi a reação em cadeia da
polimerase seguida de digestão enzimática específica."(p.1796)



"Por esses dados preliminares, pudemos constatar que o genótipo 677 (C→T)/1.298 (A→C)
seria um fator de risco importante na Síndrome de Down. Esse dado vem confirmar a importância da administração do ácido fólico antes da concepção, que, além de diminuir a chance de nascimento de crianças com defeitos de
fechamento de tubo neural, poderia reduzir a
chance de nascimento de crianças com síndrome de Down."(p.1797)


Fichamentos

VILAS BOAS, Luciana T.; ALBERNAZ, Elaine P.  e  COSTA, Rafaéla Gonçalves. Prevalência de cardiopatias congênitas em portadores da síndrome de Down na cidade de Pelotas (RS).J. Pediatr. (Rio J.) [online]. 2009, vol.85, n.5, pp. 403-407. ISSN 0021-7557.

"Nos últimos anos, a síndrome de Down tem recebido 
especial atenção, principalmente pelo fato de ser a anomalia 
cromossomial mais comum entre os neonatos1,2
 Sua incidência na população geral é de aproximadamente 1 em 600 até .
1.000 nascimentos, mas ela pode variar conforme a idade 
materna. Em mães com idade superior a 45 anos3
, a síndrome 
pode chegar a ocorrer em 1 em cada 30 nascimentos.
O diagnóstico é feito basicamente pelo fenótipo do 
paciente, sendo confirmado posteriormente pelo cariótipo. 
Aproximadamente 95% dos portadores da síndrome de Down 
apresentam trissomia primária; os demais têm a forma de 
translocação (5%) ou mosaico (2 a 3%)4
, sendo o risco de 
recorrência de 1% na população geral1,2
.
A grande maioria dos pacientes terá hipotonia generalizada 
e retardo no desenvolvimento neuropsicomotor. É provável 
que inúmeras malformações possam se fazer presentes, 
isoladas ou associadas com alterações da tireoide, alterações 
gastrointestinais, ósseas, oculares e hematológicas5
.
Embora muitas das malformações citadas possam definir 
o curso clínico dessas crianças, as cardiopatias congênitas 
são as condições que influenciam diretamente tanto o prognóstico quanto a sobrevida dos pacientes6
, sendo a maior 
causa de morbidade e mortalidade nos primeiros 2 anos de 
vida7-9
 ,Freeman et al., em um estudo de base populacional .
procuraram observar a relação entre presença de cardiopatia 
congênita e idade materna, mas não encontraram associação 
entre as duas variáveis10
.
Sabe-se que a prevalência de anomalias cardíacas congê-
nitas em pacientes com síndrome de Down é de 40 a 50%7,8
 .
Dos pacientes que apresentam cardiopatia congênita, metade 
manifesta defeito no septo atrioventricular (DSAV), que raramente ocorre como uma cardiopatia isolada (2,8%)7,9
 Em .
um estudo de 10 anos de revisão de DSAV, foi observada alta 
mortalidade quando relacionado à síndrome de Down11
.
Além do DSAV, a comunicação interatrial (CIA), a comunicação interventricular (CIV) e a persistência do canal arterial 
(PCA) são frequentes na síndrome de Down. Essas patologias 
são associadas a menores índices de mortalidade e menores 
complicações7
 Existe uma grande divergência na literatura .
quanto à cardiopatia de maior prevalência na síndrome de 
Down: alguns autores citam o DSAV7,11-13
, enquanto outros 
mencionam a CIV14
.
Em estudo realizado no Brasil, Granzotti et al. observaram a presença de um número significativo de crianças com 
tetralogia de Fallot, doença pouco comum na síndrome de 
Down2
 Já outros estudos apresentam baixa incidência dessa .
doença nos referidos pacientes9,10
.
Nos últimos anos, observou-se significativa melhora na 
expectativa de vida de pacientes com síndrome de Down 
que apresentam cardiopatia, seja pelo diagnóstico precoce, 
seja pelos tratamentos cirúrgicos efetivos. Sem dúvida, 
isso exige um melhor preparo clínico dos profissionais que 
cuidam dessas crianças e um adequado suporte do sistema 
de saúde"(p.404)

"Estudo transversal no qual os pacientes foram identificados através do banco de dados de pacientes nascidos 
com malformações congênitas na cidade de Pelotas, através 
do registro de ecocardiogramas de clínicas cardiológicas, 
do registro dos pacientes atendidos nos ambulatórios de 
cardiologia pediátrica da Universidade Federal de Pelotas 
e do Hospital Beneficência Portuguesa de Pelotas e, ainda, 
através dos registros dos seguintes centros e associações 
que atendem crianças com necessidades especiais: Centro de 
Reabilitação de Pelotas (CERENEPE), Sistema de Informação 
de Nascidos Vivos (SINASC), Associação de Pais e Amigos dos 
Excepcionais (APAE) e Associação dos Familiares e Amigos do 
Down (AFAD). Essas foram as fontes de dados pesquisadas 
na cidade de Pelotas."(p.404)
.
"Foram entrevistadas 47 mães/familiares de crianças 
portadoras de síndrome de Down nascidas e residentes em 
Pelotas. Dessas, 48,9% eram do sexo masculino e 87,2% da 
cor branca. Quanto à cor dos pais, 82,5% eram brancos. A 
distribuição da amostra conforme características socioeconô-
micas e demográficas encontra-se na Tabela 1. A maioria dos 
pais tinha 5 ou mais anos de escolaridade e renda familiar 
menor ou igual a três salários mínimos. Em relação à idade 
materna na gestação do paciente, pôde-se observar que 
49% tinham mais que 35 anos; já quanto à idade paterna, 
observou-se que a maioria (57,4%) tinha idade superior a 
40 anos. A maioria das mães era multípara (87,2%)."(p.405)

Fichamentos


SANTOS, Ana Paula Maurilia dos; WEISS, Silvio Luiz Indrusiak  e  ALMEIDA, Geciely Munaretto Fogaça de. Avaliação e intervenção no desenvolvimento motor de uma criança com Síndrome de Down. Rev. bras. educ. espec. [online]. 2010, vol.16, n.1, pp. 19-30. ISSN 1413-6538.

"Sabe-se, através de diferentes estudos e pesquisas (FONSECA, 1983;
WALLON, 1989; ALMEIDA, 2007; ROSA et al., 2008) que crianças com  alguma
necessidade especial – seja ela física ou mental – apresentam um desenvolvimento
mais tardio das funções motoras e cognitivas, o que não significa que não venham
a atingir um grau de normalidade ou até mesmo superior nos diferentes âmbitos
e estágios de desenvolvimento.
Em relação à síndrome de Down, os distúrbios associados podem
int e r f e r i r  na aqui s i ção motora de s sas   c r ianças ,   tornando-as  mui tas  veze s
vulneráveis ao aprendizado. A hipotonia está altamente correlacionada com
a t r a s o s   n o   d e s e n v o l v ime n t o ,   i n c l u i n d o   a t r a s o s   n o   d e s e n v o l v ime n t o   d a
motricidade fina e global, assim com atrasos em outras áreas do desenvolvimento,
como a aquisição da fala e do desenvolvimento cognitivo (TECKLIN, 2002).
Muito embora os indivíduos com síndrome de Down apresentem
características peculiares, isso não se constitui numa uniformidade a predizer
c omp o r t ame n t o s   e   p o t e n c i a l i d a d e s   ( B I S SOTO,   2 0 0 5 ) .   P o d e - s e   d i z e r   q u e ,
atualmente, os limites no desenvolvimento das crianças com síndrome de Down
não estão firmemente estabelecidos e que vão depender muito diretamente da
idoneidade dos programas de estímulos oferecidos a elas. Há necessidade de
avaliação e intervenção específica, com equipe multidisciplinar (PACANARO;
SANTOS; SUEHIRO, 2008), desde o nascimento (estimulação precoce), passando
pe la  infânc ia  e  adol e s c ênc ia  ( e s t imulação ps i comotora)  at é  a vida adul ta
(estimulação voltada à produção/ trabalho).
Silva e Kleinhans (2006) salientam a necessidade de os programas de
intervenções não se limitarem ao atendimento somente de crianças pequenas.
De acordo com Almeida et al. (2007), as crianças de zero a três anos geralmente
recebem a estimulação precoce em centros especializados ou APAE’s (Associação
dos Pais e Amigos dos Excepcionais) porém, a partir dessa idade, a estimulação
reduz consideravelmente ou até mesmo cessa. Luiz et al. (2008) relata o caso da
APAE de Ribeirão Preto onde o trabalho da equipe multidisciplinar é mais
evidenciado na estimulação precoce, porém, há ofertas de programas voltados
às crianças que já foram inseridas na Educação Infantil da rede regular,  no
entanto, a ênfase está ao atendimento educacional.
Nesse sentido, eleva-se a importância do desenvolvimento motor
durante a infância, considerando também que o acompanhamento da aptidão
motora de crianças em idade escolar constitui atitude preventiva quanto  à
apr endizagem,   já que   e s tudos  que   r e lac ionam de s envolvimento motor   e
r endimento  e s colar   (FONSECA e t  al .,   1994;  POETA; ROSA NETO,  2007)
demonstram significância estatística entre o que a criança é capaz de aprender
(cognitivo) e o que é capaz de fazer (motor)."(p.20)

De modo geral, apesar dos baixos resultados motores atingidos pelas
crianças com síndrome de Down, programas de estimulação precoce e intervenção
são capazes de fazê-las atingir níveis motores mais satisfatórios (LORENZINI,
2002; SÁNCHES et al., 2003). Esta pesquisa conseguiu comprovar essa afirmativa,
pois a criança participante das intervenções psicomotoras obteve resultados
positivos, com aumento da IMG e do QMG. Almeida (2006) também encontrou
avanços  pos i t ivos  na  idade   e  no quoc i ent e  motor  ge ral   em uma  c r iança
participante de um programa de intervenção. Côrrea (2005) demonstrou que  a
aplicação de um programa específico de desenvolvimento motor, composto por
atividades lúdicas, beneficiou significativamente as crianças com síndrome de
Down. De tal modo, a análise do nosso estudo verificou aumento significativo
nas principais áreas motoras da criança."(p.26)

"Levando em conta o objetivo do estudo, foi possível perceber, através
dos resultados encontrados, que as áreas do desenvolvimento motor da criança
em estudo apresentaram alterações, devido às limitações inerentes desta síndrome.
A Escala de Desenvolvimento Motor – EDM (Rosa Neto, 2002) detectou  e
classificou os déficits motores da criança como muito inferior nos dois momentos
(pré e pós-teste).
De modo geral, as áreas que apresentaram maiores dificuldades foram
a motricidade fina e a linguagem. Uma das justificativas para os baixos resultados
encontrados nessas áreas é a forte influência da hipotonia, que interfere nas
habilidades linguísticas, prejudicando o controle dos músculos da língua,
dificultando a formação de palavras; e os atributos necessários à realização motora
fina como precisão, atenção e habilidades sensoriais e perceptuais, que estão
comprometidos nas crianças com síndrome de Down. No entanto, as intervenções
psicomotoras realizadas neste período foram capazes de alterar positivamente a
linha de desenvolvimento da criança deste estudo, demonstrando ganhos
importantes em seu desenvolvimento global (IMG e QMG) e, principalmente,
nas áreas da motricidade global, equilíbrio e organização espacial.
A exemplo das sessões de intervenções psicomotoras em crianças com
síndrome de Down, alguns aspectos devem ser levados em consideração. As
explicações teóricas dos exercícios devem ser curtas e simples, contendo uma
orientação de cada vez, pois nota-se que algumas crianças têm dificuldade de
seguir orientações, ou de entender falas um pouco mais extensas. Utilizar  a
fantasia com essas crianças facilita a vivência dos exercícios, assim como amplia
a pe r c epção de  mundo,   e s t imulando o de s envolvimento do pensamento,
integrando-os aos aspectos afetivo-motores. Deve-se dar ênfase aos objetivos das
at ividade s ,   focando- s e ,   também,  nas   l inhas  de  vivênc ia  como vi tal idade ,
integração, criatividade e afetividade. Às vezes eles apresentam instabilidade
emocional, ficam “teimosos”, “irritados”, “emburrados”, negam-se a realizar
determinadas atividades. Nestas situações o coordenador deve ser bastante flexível
e criar uma forma diferente de chamá-los a realizar as atividades, que não seja a
insistência. A atual pesquisa conseguiu cumprir seus objetivos, abrindo os
horizontes para o assunto do desenvolvimento motor em crianças com síndrome
de Down."(p.28)

Fichamentos

BELINI, Aline Elise Gerbelli  e  FERNANDES, Fernanda Dreux Miranda. Olhar e contato ocular:desenvolvimento típico e comparação na Síndrome de Down. Rev. soc. bras. fonoaudiol.[online]. 2008, vol.13, n.1, pp. 52-59. ISSN 1982-0232.

"As questões referentes às relações entre o contato ocular 
e o período inicial do desenvolvimento da comunicação e 
da linguagem apenas recentemente vem recebendo a aten-
ção de pesquisadores. O contato ocular é provavelmente 
um dos primeiros indícios de comunicação interpessoal no 
desenvolvimento humano. O presente estudo buscou identificar os padrões de desenvolvimento de bebês sem indícios 
de alterações de desenvolvimento e de recém-nascida com 
síndrome de Down"(p.52)

"Objetivo: Investigar o desenvolvimento do olhar e do contato ocular em bebê portadora de síndrome de Down, comparando a freqüência de seu olhar para diferentes alvos ao comportamento visual de bebês em desenvolvimento típico. Métodos: Um bebê, do 
gênero feminino, portador de Síndrome de Down, sem distúrbios visuais diagnosticados até a conclusão da coleta, e 17 bebês em 
desenvolvimento típico, foram filmados mensal e domiciliarmente, em interação livre com suas mães, do primeiro ao quinto mês 
de vida. Foi contabilizada a freqüência do olhar dirigido a 11 alvos, entre eles “olhar para os olhos da mãe”. Resultados: Os bebês 
em desenvolvimento típico apresentaram evolução estatisticamente significante, ao longo do período, nas freqüências de “olhos 
fechados” e de seu olhar para “objetos”, “a pesquisadora”, “o ambiente”, “o próprio corpo”, “o rosto da mãe” e “os olhos da mãe”. 
Houve estabilidade estatística da amostra em “olhar para outra pessoa”, “olhar para o corpo da mãe” e “abrir e fechar os olhos”. O 
desenvolvimento do olhar e do contato ocular ocorreu de forma estatisticamente muito semelhante no bebê com síndrome de Down, 
em comparação com as médias dos demais bebês (teste qui-quadrado) e com sua variabilidade individual (análise por aglomerados 
significativos). Conclusões: A interação precoce entre o bebê e sua mãe parece interferir mais na comunicação não-verbal da dupla 
do que limitações geneticamente influenciadas. Isto pode ter refletido nas semelhanças encontradas entre o desenvolvimento do 
comportamento e do contato visuais no bebê com síndrome de Down e nas crianças sem alterações de desenvolvimento."(p.52)

"As categorias de observação do olhar em que os 17 sujeitos 
em desenvolvimento típico apresentaram modificações estatisticamente significantes ao longo do período estudado (Teste de 
Friedman) foram oito: “olhos fechados” - OF (p=0,005), “olhar 
para objetos” - OJ (p<0,001), “olhar para a pesquisadora” - 
OP (p<0,001), “olhar para o ambiente de forma ativa” - OAA 
(p<0,001), “olhar para o ambiente de forma passiva” - OAP 
(p<0,001), “olhar para o próprio corpo” - OPC (p=0,001), 
“olhar para o rosto da mãe” - OMR (p<0,001) e “olhar para 
os olhos da mãe” - OMO (p<0,001). 
Nestas oito COO houve motivação estatística para 
proceder-se a comparação entre momentos (teste dos postos 
sinalizados de Wilcoxon). A Tabela 1 indica as diferenças 
estatisticamente significantes entre as freqüências em que os 
dezessete sujeitos em desenvolvimento típico apresentaram 
cada uma das COO."(p.55)

"Longitudinalmente, de zero a quatro meses, bebês em desenvolvimento típico apresentam evolução na freqüência de seu 
olhar para diferentes alvos, como: “objetos”, “a pesquisadora”, 
“o ambiente (de forma ativa e passiva)”, “o próprio corpo”, 
“o rosto da mãe” e “os olhos da mãe”, além da ocorrência 
“olhos fechados”. 
O desenvolvimento do olhar e do contato ocular ocorreu 
de forma muito semelhante no bebê com síndrome de Down, 
em comparação com o grupo de bebês sem alterações no 
desenvolvimento. 
Neste período precoce do desenvolvimento, o papel da mãe 
em interação com o bebê é fundamental e parece exercer mais 
influência na qualidade da comunicação não-verbal do bebê 
do que suas limitações geneticamente influenciadas, já que o 
atraso esperado pode ainda não ter sido manifesto. "(p.58)